quarta-feira, 29 de abril de 2009

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Na sombra da realidade

Enxergando a vida de fora, só atenta aos passos alheios. Apressados ou arrastados vagarosamente, como se procurasse estender um ensaiar de uma realidade. Buscando sentidos, criados por elos de nossas mentes para continuar existindo. A Realidade me diz que é falta de lucidez viver através de buscas, e pensamentos aleatórios, sobre tudo e todos. Vivendo no passa-tempo de desvendar a mim e a vida. Me dizem que isso não existe, mas no chafurdar de emoções e sentimentos íntimos chego na certeza nada esclarecedora de que loucura é o que eles vivem, apenas vivendo por viver, sentindo por sentir. A coragem se encontra no ato de chegar na porta da loucura e abri-la seguramente, em busca da verdade de quem somos. Vasculhando cada traço de vida presente na alma. O desapontamento pela busca da felicidade e harmonia está no equivoco ao procurar a perfeição nos detalhes que componham um todo. Ao acreditar que podemos construir uma nova realidade a nossa volta, acreditar e ao buscar a verdadeira energia podemos ser considerados loucos. Assim aceito a idéia da insensatez. Vivendo a vida, e não negando em bebe-la num copo só, num único gole. Disponibilizando-me a dançar conforme a musica que minha mente pede. Na sombra da realidade de todos, na vida que foi aceita por poucos, apenas sabendo viver.

terça-feira, 7 de abril de 2009

A Gota

A vida pertence aos sonhadores, porque vivendo num
devaneio construímos o futuro, assim como num sonho.A vida se transforma doce e os dias mais alegres. Pois o sonho reflete a cada pixel de nossa alma. Eu vejo a vida divida em dois lados, onde o passado reflete ao futuro e o futuro ao passado. Ali é que se faz o presente. Do sintético ao natural. Do áspero ao suave. Do pesado ao leve. E o presente é o meio-termo de um todo. Em todas as vibrações extinguimos o tempo de nossa mente, e todas as preocupações da babilônia. E transcendemos para um mundo em que são, apenas, nossos corpos soltos no universo viajando numa gota. Das nuvens ao chão.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O único dos mil amores

Pra você, um dos meus mil amores te dedico essa canção
Embriago-te entre beijos profundos repletos de toda minha superficialidade
E você esmaece entre o perfume doce da minha nuca
Cândidos perfumes, assim como todas as boas vadias gostam de usar
Relato fantasias de nossas paixões virulentas
E de todo nosso amor cinematográfico
Depois fujo covarde
E escolho outra vítima qualquer para meu jogo patológico
Quando as tempestades de tais contos passam, só me resta a solidão vazia
Certa solidão de ter todos e não ter nenhum
Esse tal masoquismo sentimental, de me entregar e me esquivar
Mas depois de tais mil amores sobra um amargo no peito
De relembrar a ti em cada música
E reconstituir teu sorriso na minha imaginação antes de cair num sono culpado
Me repleto de esperanças mentirosas sobre nós dois
Apontando para um destino lúdico
Que poderíamos desenhar cada estrada e aventura alucinada de nós dois
Tal destino nosso construído em cima de um devaneio
E a certeza de que preciso de você, só você
Me diga que sim
Um dos meus mil amores
O único que me derrubaste ao chão
Mesmo que tais mil amores leiam, o tal verdadeiro irá se reconhecer nas entrelinhas
Porque afinal, as poderosas também caem no seu próprio jogo.
É que eu preciso dizer que te amo, te ganhar ou perder sem engano.