terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Chegou a hora de viver

São exatamente, 19 anos, seis meses, 7.030 dias, 168 mil e 720 horas de vida, mas quando que pude viver intensamente, sem receios, ou medo de trair meus ideais, o acabar me machucando? Seria viver? Acho que tive momentos intensos, e marcantes, e pessoas importantíssimas passaram em cada um deles, mas agora, paro e penso: Eu me doei a aquele momento, ou seja, eu o vivi intensamente? A resposta apesar de carregarem certo peso de fracasso, é não. Não os vivi. Já fiz de tudo, já li de tudo, já fui de tudo. Mas não fiz desse ‘tudo’ intenso o suficiente, junto disso vem a sensação de que poderia ter sido melhor, poderia ter me jogado em cada história. Viver intensamente não significa encher a cara de drogas, cigarros, bebidas, tesões, viagens, paixões. Mas sim, viver cada momento com toda sua intensidade, sem medo de se machucar, de morrer, de se decepcionar, de decepcionar os outros, apenas viver. Tão simples, porque complicar tanto, com tantas regras e condutas sociais? MEDO. Palavra constante em nossos atos, medo de ser sincero, medo de ser ridicularizado, medo de se machucar, medo de queeeeeeeeee? Medo de viver?
Por muitas vezes não demonstrei nos meus atos por medo de ser julgada, por medo de ser expulsa de casa, por medo de ser expulsa da escola, por medo de perder, por medo de ganhar, medo, medo, medo.
Cometi um assassinato. Por outras vezes disse que matei meus amores. Por quê? Medo.
Hoje mato o medo. O mato, o sacrifico, o humilho. Chegou à hora de viver. Porque o que eu chamava de viver, era apenas medo. Resumo-me em carne, osso, sangue, água, mulher, humana, menina, que chora que berra no travesseiro para espantar nuvens negras acima da minha cabeça, rio, ah! Passo mais que parte do meu dia explodindo em risadas... Mas sempre o medo. Matei fria e calculista.
Agora estou pronta. Pra viver. Soa estranho... Como assim estar pronta pra vida? Estou pronta pra ir aos céus, e estou pronta pra cair e quebrar a cara no chão. Estou pronta pra viver um grande amor, estou pronta pra me doar, estou pronta pra ser amiga pra ser filha, pra ser mãe. Estou pronta pra ser feliz, triste, mas mais que isso, estou pronta pra passar pela vida sem medo dos olhos em fúria do júri. Estou pronta pra falar que amo, estou pronta pra falar que odeio, e viver, viver, viver.
E ser uma nova pessoa. O mundo não precisa de uma humanidade melhor, mas sim uma nova humanidade. A nova humanidade concebe em todos nós, mas com outra concepção de conciência. E ser livre pra mudar, e se adaptar a cada sensação. Há certo tempo estou realmente me esforçando pra anular ao máximo meus hábitos ruins, pois essa nova conciencia tomou conta, para que eu pudesse viver sem medo, e parar de me esconder atrás de mascaras de ‘bad girl’. “Logo eu, que sempre achei legal ser tão errado”. A gente muda. Mas as sintonias continuaram ligadas. E a promessa de viver intensamente cada uma delas parte daqui. “Diferenças sim, mas nunca maiores que o nosso valor.”



Peguei aquelas frases em aspas de vícios e virtudes, relembrando alguns anos atrás essa tal trilha.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Bom, eu não sou boa para escrever mas preciso deixar aqui meu comentário. Queria que vc soubesse que estou adorando poder participar dessas tantas coisas que vc esta tomando conciência a cada dia, de estar em sintonia com vc no yoga, não sei se vc tem noção o quanto é profundo o que vc escreve, toca la no fundo, meche em feridas, abre esperanças.
    Quero poder sempre te aplaudir em todas tuas vitorias, conquistas, descobertas e te dar a mão quando o caminho não for facil!!!

    beijinhos de luz!!!!
    Isabel

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